Durante a Semana Mundial do Meio Ambiente aconteceu em Tamandaré, Pernambuco, na sede do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste – CEPENE/ICMBio a Oficina Nacional de Avaliação de Actinopterygii (peixes ósseos com espinhos) marinhos.
Participaram da Oficina aproximadamente 50 pesquisadores de importantes instituições de ensino, pesquisa e governamentais, especialistas de todo o país, divididos em quatro principais grupos: pesca, peixes recifais, peixes de ambientes profundos e peixes de ambientes costeiros.
Os pesquisadores do Projeto Meros do Brasil Dr. Matheus Freitas, Coordenador do PMB Paraná e Dr. Cláudio Sampaio, Coordenador do PMB Alagoas, fizeram parte do Grupo de Trabalho que revisou a lista de critérios de ameaças das espécies avaliadas*.
“Os dados utilizados nas oficinas de avaliação são provenientes de centros de pesquisas de universidades, de programa de pós-graduação e de projetos. Os pesquisadores do Projeto Meros do Brasil puderam contribuir de maneira bem significativa com informações, com dados para essa avaliação. Esperamos que no próximo ciclo possamos contribuir ainda mais levando em consideração a nossa rede espalhada nos nove estados litorâneos no Brasil”, conta Dr. Cláudio Sampaio.
Ao total, aproximadamente 320 espécies, que inclui a garoupa verdadeira (Epinephelus marginatus) e outras espécies comerciais como as tainhas (Mugil spp.), compõe essa lista.
GAROUPA VERDADEIRA (Epinephelus marginatus)
FOTO DAS TAINHAS (Mugil spp.)
O último ciclo de avaliação aconteceu entre os anos de 2012 e 2014 e deu subsídios à proteção de espécies exploradas e em risco como o badejo quadrado (Mycteroperca bonaci) e garoupa São Tomé (Epinephelus morio). A realização das oficinas de avaliação atende a um importante objetivo: integrar de forma efetiva ciência e políticas públicas visando a conservação e sustentabilidade do uso de espécies marinhas no Brasil.
BADEJO QUADRADO (Mycteroperca bonaci)
GAROUPA SÃO TOMÉ (Epinephelus morio)
O Projeto Meros do Brasil é realizado pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com nove instituições de ensino e pesquisa comprometidas com a conservação marinha no país: UFPA, UFPE, UFAL, Movimento Cultural Arte Manha, UFESCeunes, Unirio, Instituto de Pesca SP, MHNCI, Instituto Comar.
O Projeto Meros do Brasil conta com o patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
* lista de critérios de ameaças das espécies avaliadas: https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27904-entenda-a-classificacao-da-lista-vermelha-da-iucn/
Fotos dos peixes: Áthila Bertoncini