Notícias 002 - Projetos Meros do Brasil

Iniciativa chegou a mais de 800 mil pessoas entre 2021 e 2023

 

Quanto vale uma iniciativa de conservação no Brasil? E quanto ela pode contribuir para a conservação da vida no planeta? Estudo mostra que a cada um real investido no Projeto Meros do Brasil são gerados R$ 8,44 em benefícios socioambientais. No total, são R$ 48,8 milhões, sendo que 82% deste benefício estão concentrados nos meios físico e biótico, mais especificamente nos Meros e no ecossistema associado.

 

“E a gente não está só conservando o mero, estamos protegendo uma espécie que é um dos elementos do equilíbrio do ecossistema marinho e do oceano, que é o principal regulador da vida no planeta. Estamos protegendo um desses elos que permitem que nossa vida aconteça”, ressalta Maíra Borgonha, coordenadora geral do Projeto Meros do Brasil.

 

Ações do Projeto Meros do Brasil acontecem em nove estados brasileiros e vão desde pesquisas científicas para revelar o comportamento da espécie até iniciativas de educação ambiental e arte para diversos públicos, entre eles pescadores, jovens e professores. O objetivo é promover relações responsáveis e sustentáveis entre sociedade e meio ambiente a partir da conservação dos meros e ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil.

 

“O impacto socioambiental gerado é mais de oito vezes maior que o valor

investido, demonstrando a grande contribuição do Projeto na vida dessas pessoas e da população de Meros e os ecossistemas que a espécie habita”, ressalta Maíra.

 

Patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o Projeto tem participação também na construção de políticas públicas em defesa dos meros, espécie pouco popular e até temida, por ser um peixe de grandes dimensões - pode chegar a 400 kg. No entanto, esse gigante dos mares, que está no topo da cadeia alimentar junto aos tubarões, não representa perigo aos seres humanos e é de suma importância para o equilíbrio ambiental.

 

Educação ambiental, engajamento social e arte

 

O Projeto Meros do Brasil inova quando alia educação ambiental, engajamento social e arte, que buscam trazer para a sociedade brasileira mais familiaridade com a espécie, que tem pesca proibida no Brasil, mas ainda é alvo de captura ilegal.

 

No município de Caravelas (BA), por exemplo, o Meros do Brasil tem parceria com o Movimento Cultural Arte Manha, um movimento que há mais de 30 anos atua pela causa racial, cultural e socioambiental. Da mesma forma, destacam-se as atividades de ciência cidadã, que envolvem pescadores, mergulhadores e comunidades para a geração de dados sobre os meros, proporcionando um importante e inovador intercâmbio entre o conhecimento popular e o científico, bem como engajando públicos diversos pela conservação do peixe mero.

 

Análise de Impacto Social

 

A Análise de Impacto Social do Meros, recentemente publicada, é um estudo extenso e aprofundado que permite compreender a complexidade do trabalho do Projeto Meros do Brasil. Compreende ações entre 2018 e 2020 e foi publicado em 2023.

 

Movimento de proteção da espécie também protege os ecossistemas

 

Outro número que demonstra a força do Projeto Meros do Brasil é o de pessoas impactadas positivamente pelas ações do Projeto: entre 2021 e 2023, 34.142 pessoas participaram diretamente; 766.122 foram beneficiadas pontualmente pelo Projeto; e 3.198 participaram em ações de formação.

 

O mesmo levantamento indica que 30 espécies e/ou ecossistemas foram protegidos com as ações do Projeto; 256 meros foram monitorados e devolvidos ao mar; ação de combate ao lixo no mar foi realizada numa extensão 10.253 metros de praias rios e manguezais; e volume de lixo removido foi 5,2 toneladas.

 

Crédito imagem: Luana Seixas

 

Realidade virtual criada por alunos do IFPR Curitiba e utilizada pelo Projeto Meros do Brasil
para ações de educação ambiental está disponível para download gratuito na Play Store

 

Um ambiente marinho que pode ser vivenciado com a ajuda da realidade virtual é a nova atração do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Através de um aplicativo desenvolvido pelos estudantes do Instituto Tecnológico Federal do Paraná (IFPR - campus Curitiba), William Fabiano da Silva Filho e Eduardo Skalecki Cardon, os usuários têm a chance de mergulhar com o peixe mero, espécie de garoupa gigante que está criticamente ameaçada de extinção, e conhecer um dos ambientes onde ele vive.

 

A supervisora de educação ambiental do Meros no Paraná, Patricia Zeni de Sá, conta que a ferramenta que acaba de ser lançada na Play Store para download gratuito tem sido muito utilizada nas ações de educação ambiental do Projeto. “Em uma das atividades uma senhora de 92 anos usou o óculos e ao final da experiência disse que estava muito agradecida pois era a primeira vez que havia mergulhado e que estava emocionada com as belezas do fundo do mar”.

 

Segundo o coordenador do Projeto Meros no Paraná, Matheus Freitas, o ecossistema recriado no aplicativo foi inspirado nos costões rochosos da região sul e sudeste do Brasil. No litoral do Paraná, por exemplo, é possível observar esse ambiente em Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. “No mergulho da realidade virtual é possível encontrar meros, pirajicas, águas-vivas, tartarugas e algumas espécies de algas e corais. Toda essa biodiversidade marinha ocorre no litoral do Paraná”, lembra Matheus.

 

 

Desenvolvimento em equipe

 

O simulador de realidade virtual Meros VR é o primeiro aplicativo lançado na Play Store pelo IFPR campus Curitiba. “O desenvolvimento do ambiente marinho e dos padrões de movimentação levou três meses, depois tivemos mais um mês de trabalho dedicado somente às adequações necessárias e validações para finalmente disponibilizar na loja”, conta a professora Carla Hamel Wojcik Garcia, orientadora do Projeto. 

 

Além da professora, participaram diretamente do desenvolvimento dois estudantes do curso técnico em programação de Jogos Digitais, Eduardo Skalecki Cardon e William Fabiano da Silva, e os professores Fabio Luiz Pessoa Albini, Denise Maria Vecino Sato e Mônica Naomy Nakagawa. A equipe do projeto Meros auxiliou com informações sobre o ambiente e as espécies marinhas.

 

Para Matheus Freitas, disponibilizar o aplicativo de maneira pública e gratuita corrobora com os objetivos da Década do Oceano na divulgação da ciência e de ações de conservação do oceano e de espécies marinhas como os meros.

 

“A importância é disseminar o contato com a espécie, que é ameaçada. Quanto mais as pessoas puderem conhecer, mesmo que virtualmente, o mero, mais ficarão conscientes sobre a necessidade de proteção da espécie", afirma a professora e orientadora Denise Sato.

 

Como funciona

 

O simulador Meros VR deve ser utilizado junto a um óculos de realidade virtual, de preferência com um controle remoto. Desta forma, o usuário é inserido no ambiente do peixe mero e pode se aproximar ou se afastar dos elementos do ambiente e do peixe mero utilizando o controle. O simulador, que já estava disponível no espaço interativo do Projeto Meros do Brasil no Museu de História Natural Capão da Imbuia, em Curitiba, agora pode ser baixado gratuitamente por qualquer pessoa na Play Store.

 

Crédito imagem do texto: Gabriel Marchi

 

Serão mais de 20 títulos sobre conservação ambiental e outros
assuntos atuais e urgentes como equidade racial e de gênero

 

Dentro de uma bolsa, um universo rico em histórias, fauna e flora a ser explorado por meio da literatura brasileira. Essa é a proposta das bibliotecas itinerantes do Projeto Meros do Brasil, uma iniciativa de educação ambiental, que coloca lado a lado cultura, educação e ciência, e será realizada em nove estados da costa brasileira - Pará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

 

No total são mais de 20 títulos, escolhidos minuciosamente pela curadora Tatiana Dassi, cientista social e doutora em Antropologia Social.

 

“Como é uma biblioteca que circula entre as crianças e educadores, pensamos na seleção olhando para realidades sócio-históricas e culturais diversas e para as múltiplas infâncias brasileiras. O foco do trabalho de curadoria foram dois: favorecer que as crianças se reconheçam nos livros, se sintam representadas, e apresentar a diversidade dos outros lugares do Brasil. A relação com território, com o ambiente, a presença do nosso caminhar na terra aparece na seleção”, conta Tatiana.

 

Entre os livros estão compilações de contos com grande arcabouço mitológico: “Os príncipes do destino: histórias da mitologia afro-brasileira”, de Reginaldo Prandi; “Histórias à brasileiras”, de Ana Maria Machado; livros de autores negros e indígenas como “As fabulosas fábulas de Iauaretê” - Kaka Werá Jecupé  e "Dumazi", de Valanga Khoza; além de “O Brasil 100 palavras”, de Gilles Eduar, que apresenta o bioma brasileiro, entre outros.

 

Livros de projetos parceiros, como o Teia das Águas, da autora Bia Hetzel do Projeto Coral Vivo, também fazem parte da biblioteca.

 

 

Ação pela infância

 

As bibliotecas irão circular em espaços públicos acompanhando as ações de educação ambiental do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. A ideia é dar acesso a crianças da primeira e segunda infância à leitura de temáticas como conservação ambiental e assuntos transversais, como equidade racial e de gênero, entre outros. Os livros serão emprestados às escolas que solicitarem parceria.

  

"As bibliotecas itinerantes vem para contribuir com a garantia de um direito fundamental à infância que é o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Vem para oferecer a oportunidade de conhecer a natureza, o oceano e a biodiversidade do Brasil com referências de  espécies, ambientes e culturas do nosso país. Elas são um manifesto à ciência e à diversidade e ao mesmo tempo nosso olhar atento a um tempo rápido demais e com muitas etapas suprimidas. A ciência mostra que a leitura é uma das atividades mais desafiadoras para o cérebro humano. Nada oferece mais possibilidades a desenvolver a linguagem, a escrita e a imaginação. A leitura permite o conhecimento e o questionamento da realidade em que vivemos e vem para ajudar a garantir que as histórias sejam contadas com diferentes perspectivas nas diferentes infâncias", destaca Maíra Borgonha, gerente geral do Projeto Meros do Brasil.

 

 

“A Viagem de Itajara” na biblioteca itinerante

 

A jornada de Itajara, uma peixinha aventureira da espécie mero, é contada com muita brasilidade no livro “A viagem de Itajara”. A publicação recém-lançada, indicada para primeira e segunda infância, está disponível para download (acesse aqui) e faz parte do seleção para a biblioteca itinerante.

 

A publicação chama atenção, de forma lúdica, para importância da conservação dos meros, peixes criticamente ameaçados de extinção. A narrativa é permeada exclusivamente por ilustrações assinadas por Eduarda Canuto, designer da Agência Mirran, selecionada pelo Projeto Meros do Brasil. Esta é a primeira vez que o mero e os seus habitats são representados em uma história infantil.

 

Na história, Itajara sente um chamado para uma aventura, sai do manguezal, viaja pelo oceano, passa por várias provações e conta com muita ajuda em sua jornada, que termina quando realiza a sua missão de dar sequência ao legado de sua espécie.  Com 32 páginas, a publicação traz ao final um compilado de informações relacionadas a cada etapa da jornada da peixinha heroína Itajara. A proposta é apoiar e inspirar a contação de histórias. 

 
 
 
 

Ações de educação ambiental do Meros do Brasil são reconhecidas em premiação que
celebra projetos e iniciativas realizados nas regiões Norte e Nordeste do Espírito Santo

 

Na última quinta-feira, dia 19 de outubro, o Projeto Meros do Brasil esteve em Linhares, no Espírito Santo, para participar da cerimônia de premiação do Prêmio Biguá de Sustentabilidade. Maurício Hostim, Danielle Awabdi, Lorena Lopes e Nathália Rodrigues representaram a equipe e receberam o prêmio de terceiro lugar na categoria Sociedade Civil pelas ações de educação ambiental.

 

“O Prêmio Biguá foi criado para celebrar projetos e iniciativas que valorizam o cuidado com o solo, a água, a fauna e a flora da região Norte e Noroeste do Espírito Santo. O objetivo é divulgar ações de sucesso em recuperação, preservação e educação ambiental. E o Meros atua em todas essas frentes”, conta Maurício, coordenador do Meros no estado capixaba.

 

No Espírito Santo, o Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, é realizado em parceria com a UFES no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES) em São Mateus. “Esta região abriga um dos mais estudados berçários de meros do Brasil. É o lugar onde realizamos pesquisas que envolvem a captura, identificação e soltura de exemplares juvenis de meros para entender aspectos da sua biologia e ecologia”, explica Lorena, supervisora de pesquisa do Projeto no ES.

 

Na Educação Ambiental, a equipe desenvolve atividades lúdico-educativas; realiza oficinas de formação e qualificação; e organiza eventos de limpeza de praias. Todas as ações têm como objetivo sensibilizar os diversos públicos participantes sobre a necessidade de conservação da natureza, em especial dos meros e do oceano.

 

“É um desafio constante sensibilizar a sociedade para a preservação de uma espécie de peixe. Mesmo com a proteção legal existente ainda são frequentes os relatos de casos de capturas ilegais de meros. Por isso, cada atividade de educação ambiental é cuidadosamente planejada para tornar o processo de aprendizagem e sensibilização mais envolvente e significativo para engajar os participantes”, explica Danielle, supervisora de educação ambiental no ES.

 

A metodologia, os materiais e o tipo de ação desenvolvida variam de acordo com público-alvo participante. Uma das diretrizes do Projeto Meros é desenvolver atividades na natureza, em espaços não-formais de educação. Além disso, para diversas ações as equipes desenvolvem materiais a partir de resíduos recicláveis descartados ou do que está disponível no ambiente.

 

“Nossas ações permitem que as pessoas se conectem com o seu lugar de origem e ao mesmo tempo reflitam sobre a sua responsabilidade em relação ao mundo em que querem viver. É muito gratificante ver esse trabalho reconhecido”, comemora Danielle.

 

Alguns números da Educação Ambiental no Espírito Santo

 

Entre janeiro de 2022 e julho de 2023, foram realizadas somente no Espírito Santo 51 atividades de educação ambiental com exposições, jogos, pinturas e contações de história; 4 formações a respeito do peixe mero e dos ambientes costeiros e marinhos; 4 palestras sobre o Projeto Meros e o peixe mero; 1 minicurso sobre abordagem etnográfica para conservação do mero; e 4 eventos de limpeza de praia. Também, foram estabelecidas 18 parcerias com instituições de ensino e pesquisa para ampliação e continuidade das atividades.

 

No mesmo período 4.819 pessoas participaram das ações realizadas pelo Projeto Meros nas localidades de São Mateus, Conceição da Barra e Itaúnas.

 

 
 
 
 

Com o apoio de iniciativas parceiras e voluntários, o Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, realizou em setembro nove mutirões de limpeza ao longo do litoral brasileiro para sensibilizar a sociedade sobre questões de produção e consumo, e poluição marinha.

 

Nos nove estados de atuação do Projeto, as equipes de educação ambiental e instituições parceiras mobilizaram 373 pessoas para as atividades do Dia Mundial de Limpeza, movimento que há mais de três décadas tem como objetivo chamar a atenção da população humana global para um problema crescente e urgente: a poluição de praias, rios e manguezais por resíduos sólidos.

 

De 16,8 quilômetros de praias e rios foram retirados 2.365 quilos de lixo (mais de 2 toneladas). O plástico, em diversos formatos, foi o material mais encontrado em todas as localidades. Metal, bitucas de cigarro, vidro e pedaços de rede de pesca, vem logo atrás. Ainda, objetos que você nunca imaginou encontrar em uma ida à praia - pneus de caminhão, geladeiras, televisores, vaso sanitário e dentaduras - foram recolhidos e encaminhados para a coleta municipal ou destinados à reciclagem por meio de associações e cooperativas de catadores quando possível.

 

Outros resíduos que chamaram a atenção da equipe Meros foram embalagens internacionais de garrafas d’água e inseticidas. “No Pará encontramos garrafas plásticas asiáticas. É sempre uma surpresa encontrar resíduos de outro país na nossa costa, mas esses achados são mais comuns do que parece. Vários moradores da Vila dos Pescadores, em Bragança, relatam encontrar essas embalagens com certa frequência. O que demonstra que o descarte incorreto de uma pequena garrafa de água pode impactar por anos uma região do outro lado do mundo, e que precisamos repensar urgentemente processos de produção e hábitos de consumo”, destaca Maria Clara Pinheiro, supervisora de educação ambiental do Meros no Pará.

 

Ação de limpeza em Tamandaré, Pernambuco

 

Combate ao lixo no mar

 

Desde 2018 o Projeto Meros contribui nacionalmente com as ações de combate ao lixo no mar. Nos últimos cinco anos, já são mais de 13,5 toneladas de resíduos sólidos retirados das praias. 

 

A limpeza em si é apenas uma das ações que acontecem nos mutirões. O objetivo princial das equipes é promover o senso de comunidade e levar às pessoas, em cada um dos territórios de atuação do Projeto, informações sobre práticas de consumo, redução, separação e descarte adequado de resíduos.

 

“O mais importante dos Clean Ups é a oportunidade que temos de nos aproximar das pessoas e conversar sobre a importância de atitudes como o descarte correto de resíduos orgânicos e sólidos que vão gerar um impacto positivo na proteção da biodiversidade marinha e de espécies ameaçadas de extinção como o mero”, reforça Tiago Albuquerque, supervisor de educação ambiental do Meros em Alagoas.

 

Todo o resíduo recolhido nas ações é separado e pesado, e os dados gerados vão fomentar o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar do Ministério do Meio Ambiente que poderá servir de base para futuras políticas públicas acerca da problemática global da poluição marinha.

 

Equipe Meros SP realizando triagem dos resíduos encontrados em Ubatuba

 

Parcerias

 

As ações de limpeza de rios, praias e manguezais deste mês foram realizadas em parceria com diversas instituições que atuam nos nove estados em que o Meros está presente. Confira abaixo quais são essas iniciativas.

 

Paraná: Instituto Guajú, Prefeitura Municipal de Guaratuba, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guaratuba, Secretaria Municipal da Cidadania e do Desenvolvimento de Guaratuba, Instituto Paranaense de Reciclagem, Associação Comercial e Empresarial de Guaratuba, Educaguara.net, Escola da Cidadania e do Desenvolvimento Pleno e SESC de Guaratuba.

 

São Paulo: Associação Toninha APMT.

 

Rio de Janeiro: Fechando o Ciclo, Projeto Cavalos Marinhos e REDAGUA (formada além do Meros pelos projetos Coral Vivo, Guapiuaçu e UÇÁ).

 

Espírito Santo: Centro Tamar/ICMBio, Escoteiros Mateenses do Ar e Arcotisam.

 

Bahia: Instituto Baleia Jubarte, Patrulha Ecológica, Movimento Cultural Arte Manha, Projeto Escola do Mar e Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos de Caravelas.

 

Alagoas: IFAL Penedo, UFAL Penedo, Marinha do Brasil - Agência Fluvial Penedo e Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Penedo - SEMARH.

 

Pernambuco: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene/ICMBio), Instituto Recifes Costeiros (IRCOS), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Laboratório de Estudos em Ecossistemas Oceânicos e Recifais (LECOR), Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Mata Sul (ACAMASUL), Colônia de Pescadores Z-05 de Tamandaré e Secretaria de Meio Ambiente do Município de Tamandaré.

 

Pará: SEMED - Bragança, ICMBIO - Ngi Bragança e EMEIF Domingos de Sousa.

 
 
 
 

Projeto Meros do Brasil realiza mais uma oficina de grafite pela conservação dos meros e dos manguezais

 

Cultura oceânica, a gente vê por aqui! Caravelas, cidade histórica e litorânea da Bahia, acaba de ganhar um novo “Muro pelos Meros”. A criação de Dó Galdino, arte-educador autodidata e coordenador do Projeto Meros na Bahia, foi reproduzida por 28 pessoas em um painel de grandes proporções no centro da cidade. O muro da Creche Municipal Casulo Sossego da Mamãe abriga desde o início de setembro o “Berçário da Itajara”.

 

Ao longo de 13 dias, integrantes do Projeto Arca das Artes e Ciências do Movimento Cultural Arte Manha, e jovens meninas caravelenses representantes da Escola do Mar, se uniram ao Projeto Meros do Brasil, para dar novas cores a uma área de 30 metros de comprimento e quase três de altura. “A obra ilustra valores simbólicos, econômicos e sociais dentro do ecossistema manguezal e vidas comunitárias, com o foco nas espécies residentes, migratórias e o peixe mero. Os manguezais de Caravelas, representam a subsistência de muitas famílias que vivem da pesca artesanal e do turismo ecológico”,contextualiza Dó.

 

 

Arte, ciência e equidade de gênero

 

O trabalho faz parte das oficinas de grafite realizadas pelo Projeto Meros, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Desde 2018, foram cinco oficinas realizadas com o objetivo de compartilhar com o público jovem técnicas de grafismo, e de mostrar como as artes podem ser aliadas da conservação marinha em ambientes urbanos de diversas maneiras.

 

“Além de ajudar na divulgação das produções científica, da cultura e educação, os resultados que almejamos são os impactos, neste caso, diretamente sobre as jovens mulheres participantes da iniciativa, na perspectiva de um turismo mais ordenado e com uma maior partilha dos ganhos”, explica Dó.

 

O painel será uma das obras apresentadas em visitas guiadas pelas alunas d’A Escola do Mar, que tem como propósito estimular e fortalecer a participação das mulheres no Turismo Comunitário das Unidades de Conservação no município de Caravelas e região. A partir da arte, população e viajantes poderão entender melhor como funcionam os manguezais; qual a sua importância para a região e para a conservação de espécies criticamente ameaçadas como o mero; e colaborar com a preservação deste ecossistema sociocultural essencial a tantas vidas.

 

 

Primeiros visitantes

 

Em sua primeira visita ao “Berçário da Itajara”, as crianças da Creche Municipal Casulo Sossego da Mamãe “ficaram encantadas e curiosas com as figuras representadas no muro”, nos conta Lívia Cristina, diretora da instituição.

 

“A pintura do painel, foi uma experiência fantástica, temos muito material a ser explorado ali pelas crianças da creche, que vão ter a oportunidade de aprender mais sobre os mangues e os meros. A equipe muito comprometida e atenciosa com o projeto, nos deixou muito segura em relação ao trabalho que seria realizado. A obra ficou educativa e uma vez que a comunidade começar a olhar o nosso manguezal nas paredes, acredito que já vem a reflexão sobre o que é esse ambiente e porquê devemos protegê-lo”, complementa Lívia.

 

 

Muros pelos Meros

 

O “Berçário de Itajara” é o sexto “Muro pelos Meros” grafitado em áreas urbanas ao longo da costa brasileira, e o terceiro a ser reproduzido em Caravelas, cidade que é porta de entrada do Parque Nacional Marinho de Abrolhos. Conheça as outras obras e suas criadoras e criadores através do Google Maps ou Google Earth, clicando nos links. Os endereços também estão em cada foto para que você possa conferir pessoalmente o acervo de rua dos Itajaras se estiver por perto de algum desses lugares.  

 

 

 

 
 

Até o próximo dia 03 de setembro você tem mais uma oportunidade de encontrar os meros em São Paulo. O Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, vai marcar presença no festival que celebra a sustentabilidade do Oceano: a São Paulo Ocean Week, ou, Semana do Mar de São Paulo, o maior evento de cultura oceânica do país.

Para participar de forma muito especial desta grande festa pelos meros, e por um oceano limpo, seguro, produtivo e sustentável agora e sempre, preparamos uma série de atrações em dois espaços de visitação: o estande do Projeto Meros e o estande compartilhado da Rede de Conservação da Biodiversidade Marinha, composta também pelos projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo e Golfinho Rotador.

Confira abaixo alguns destaques da nossa participação na São Paulo Ocean Week:

  • No estande do Meros aguardam por você diariamente oficinas de arte, contação de histórias e jogos como o “Sudoku dos gigantes do mar”;
  • Também, vamos levar você para um mergulho com os meros. Uma experiência em 3D, desenvolvida por alunos do curso de jogos virtuais do Instituto Federal do Paraná (IFPR - campus Curitiba), recria um dos ambientes marinhos que os meros habitam, os costões rochosos e oferece uma oportunidade para pessoas que nunca estiveram no fundo do mar experimentarem a sensação de um mergulho contemplativo com o peixe mero e outras espécies como águas-vivas, pirajicas, tartarugas, algas e corais;
  • No dia 01/09, às 15h, também em nosso estande, teremos o lançamento do livro “A viagem de Itajara”, com distribuição de alguns exemplares e a contação da história da peixinha aventureira com a participação da sereia Gabi;
  • No palco aberto do espaço “Cais do Porto”, diariamente o Meros oferece oficinas de dança afro com duração de 30 minutos. As oficinas acontecem em diversos horários.
  • Na ação “Cinema comentado”, Itajara será um dos filmes em exibição diária.
  • No dia 02/09, Maíra Borgonha, gerente geral do Projeto Meros, participa do podcast “Entre raias e meros”, contando como a preservação de espécies icônicas e gigantes como os meros impulsiona o turismo de mergulho.

“A SP Ocean Week é a maior iniciativa de cultura oceânica do país, no também maior centro financeiro do país. Participar deste evento é dar a nossa contribuição para aproximar a vida das pessoas com a urgência da conservação do Oceano, é mostrar como a vida de alguém que mora em uma grande cidade está ligada ao mar”, destaca Maíra.

Seja a onda de mudança que o Oceano precisa e venha fazer parte desse mergulho de conhecimento. Esperamos você!

Lançamento do livro em parceria com a Letraria Livros e o MultiOpen Shopping contou com a presença de mais de 80 pessoas e distribuição de exemplares do livro recém-lançado pelo Projeto Meros do Brasil

No último dia 20, a jornada de uma peixinha aventureira da espécie mero, foi compartilhada com mais de 80 pessoas no lançamento oficial do livro “A viagem de Itajara”, na Letraria Livros do Multi Open Shopping, em Florianópolis, Santa Catarina. O dia de sol favoreceu a presença do público infantil, principalmente da primeira infância que se encantou com a sereia Nalu e a história da pequena Itajara.

No evento, foram distribuídos 40 exemplares físicos da publicação para as famílias presentes. Além disso, crianças e adultos puderam conhecer mais sobre os meros e os ambientes que a espécie habita, participando de atividades como a contação de história, a pintura de meros e os jogos educativos de tabuleiro, memória, além dos exclusivos Supermero e Sudoku dos gigantes do mar.

“O lançamento foi muito importante para levar ao conhecimento de uma população que ainda não tinha tido contato com o mero, a história dessa espécie e de outros seres marinhos. Grande parte das pessoas que estiveram por lá, nunca tinham ouvido falar do Projeto Meros do Brasil e nem das espécies que a gente está abordando no livro”, comemora Maíra Borgonha, gerente geral do Projeto Meros e responsável pela concepção da história.

“Essa parceria com o Instituto e Projeto Meros para nós é uma oportunidade de fazer um trabalho que tem um significado maior, pela natureza. O evento foi lindo, as crianças adoraram a ideia de ter uma sereia contando a história. Não é todo dia que isso acontece na Letraria. Esperamos que essa parceria continue”, destaca Tatiana Dassi, curadora da Letraria Livros e antropóloga.

O evento de lançamento de “A viagem de Itajara” teve apoio institucional da Letraria e do Multi Open Shopping.

Baixe seu exemplar

O livro lançado no último domingo traz muitas informações importantes sobre a espécie, resultado de estudos das mais de duas décadas de atuação do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Na narrativa, Itajara sente um chamado para uma aventura, sai do manguezal, viaja pelo oceano, passa por várias provações e conta com muita ajuda em sua jornada, que termina quando realiza a sua missão de dar sequência ao legado de sua espécie.

Nos cenários das aventuras da peixinha Itajara aparecem várias espécies que representam a fauna e a flora brasileira, como a ave guará, o caranguejo-uçá, a baleia jubarte, entre outros. Também fazem parte da jornada dessa heroína o encontro com a sereia Iara e o amuleto da sorte Muiraquitã, fazendo referência às lendas e mitos brasileiros.

Quer viajar junto? Clique aqui e baixe gratuitamente seu exemplar de “A viagem de Itajara”.

Crédito das imagens: Áthila Bertoncini

A jornada de Itajara, uma peixinha aventureira da espécie mero, é contada com muita brasilidade no livro “A viagem de Itajara”, que acaba de ser lançado pelo Projeto Meros e já está disponível para download gratuito aqui no nosso site.

A publicação dedicada ao público infantil chama atenção, de forma lúdica, para importância da conservação dos meros, peixes criticamente ameaçados de extinção. A narrativa é permeada exclusivamente por ilustrações assinadas por Eduarda Canuto, designer da Agência Mirran, selecionada pelo Projeto Meros do Brasil, à frente da iniciativa. Esta é a primeira vez que o mero e os seus habitats são representados em uma história infantil.

Na narrativa, Itajara sente um chamado para uma aventura, sai do manguezal, viaja pelo oceano, passa por várias provações e conta com muita ajuda em sua jornada, que termina quando realiza a sua missão de dar sequência ao legado de sua espécie.

“O livro conta a trajetória do mero baseada no seu crescimento e na experiência com o desconhecido, com um mundo novo, cheio de beleza mas também de desafios. Acredito que as crianças vão se identificar, é a primeira infância, os primeiros anos de escola, de um mundo novo também”, afirma Eduarda Canuto.

Com 32 páginas, a publicação traz ao final um compilado de informações relacionadas a cada etapa da jornada da peixinha heroína Itajara. A proposta é apoiar e inspirar a contação de histórias.

"A escolha de um livro totalmente baseado em imagens busca dar voz e liberdade ao universo do ser humano criança, permitindo que seja protagonista de sua própria história”, diz Maíra Borgonha, coordenadora geral do Projeto, também responsável pela concepção da história e projeto gráfico do livro junto a Eduarda Canuto.

Literatura como aliada da ciência

O livro traz para perto das crianças a vida marinha, os meros e a ciência. Na narrativa aparecem muitas informações importantes sobre a espécie, resultado de estudos das mais de duas décadas de atuação do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

“Os meros nascem fêmeas e na fase adulta, na primeira agregação, muitos se tornam machos - para permitir sua reprodução. O desenho das agregações de meros (quando se reúnem para reproduzir) também tem como base o conhecimento que a gente vem gerando e divulgando na sociedade brasileira”, explica Maíra Borgonha.

A publicação consegue levar essas informações para as crianças de forma lúdica.

“A primeira infância é um dos públicos prioritários para o Projeto e dialogar com a infância é uma oportunidade de conectar as crianças com os manguezais, o oceano, os meros e o planeta na intenção de que elas tenham um presente e um futuro possíveis, com cheiro de vida e de descobertas, e também, de encontro e contato com sua própria essência”, pontua Maíra Borgonha.

Literatura infanto-juvenil feita no Brasil

O livro infantil “A viagem de Itajara” foi concebido numa perspectiva decolonial - ou seja, de um ponto de vista bem brasileiro, a começar pela escolha da ilustradora. Eduarda Canuto, 25 anos, cientista social, designer e ilustradora, atua na agência Mirran, do Pará.

“Ilustrar dois ecossistemas (manguezal e o oceano) tão diferentes e cheios de vida foi um desafio e uma responsabilidade de fazer o mais fiel à realidade, porém ao mesmo tempo com um tom mágico. Buscamos trazer representações do imaginário e da Amazônia”, conta Eduarda.

Nos cenários das aventuras da peixinha Itajara aparecem várias espécies que representam a fauna e a flora brasileira, como a ave guará, o caranguejo-uçá, a baleia jubarte, entre outros. Também fazem parte da jornada dessa heroína o encontro com a sereia Iara e o amuleto da sorte Muiraquitã, fazendo referência às lendas e mitos brasileiros.

Livro será distribuído na versão impressa em nove estados brasileiros

O livro de ilustrações também terá distribuição física, com tiragem de 3000 exemplares. As edições impressas serão distribuídas em bibliotecas e escolas públicas,e projetos sociais dos nove estados onde o Meros do Brasil atua: Pará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A expectativa é alcançar pelo menos 30 mil crianças.

Crédito da imagem: Maíra Borgonha

O manguezal da Baía de Guanabara ganhou na última sexta-feira, dia 23 de junho, o plantio de 400 mudas de mangue que ocuparam três hectares na região do Rio Caceribu, dentro da APA (Área de Proteção Ambiental) Guapi-Mirim. A iniciativa, capitaneada pelo Projeto Meros do Brasil, contou com a parceria da Cooperativa Manguezal Fluminense, a presença da REDAGUA - composta pelos projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros e UÇÁ - e do Projeto Aruanã, todos patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

O objetivo da ação é recuperar o manguezal da Baía, conectando um trecho degradado a um conservado. Em duas horas, foram plantadas mudas de três espécies, com um distanciamento de cerca de dois metros e meio entre elas. A metodologia do plantio foi criada pela própria cooperativa, que tem mais de dez anos de experiência. “Em seis meses as mudas já estarão crescidas e capazes de fornecer sementes”, disse a bióloga Luana Seixas, supervisora de educação ambiental do Projeto Meros no Rio de Janeiro

O manguezal é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho. Considerado um dos mais produtivos do planeta, oferece uma grande variedade de serviços ambientais que dão suporte a atividades econômicas e também asseguram a integridade ambiental em áreas costeiras. Além disso, abriga um grande número de espécies da fauna que os utilizam para reprodução, berçário e abrigo. O peixe mero, em risco de extinção no Brasil, classificado como Criticamente em Perigo, é uma dessas espécies.

A Baía de Guanabara era toda rodeada de manguezal, no entanto, quase tudo foi aterrado, segundo Alaildo Malafaia, presidente e coordenador de restauração na Cooperativa Manguezal Fluminense. A criação da APA Guapi-Mirim, situada na porção leste da Baía de Guanabara, garantiu a conservação de parte do manguezal nos municípios de Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo, o que evitou a extinção completa do ecossistema na Baía.

“A recuperação de manguezal é importante para todos, para os animais, para o catador de caranguejos, para o pescador artesanal. E quando se fala de restauração, de plantio de mangue, é para o planeta, nunca só para a Baía de Guanabara”, afirma Malafaia, pontuando que desde 2009 o ecossistema local da Baía vem sendo recuperado a partir do plantio de mangue.

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Meros vivem de 6 a 8 anos de vida no manguezal

O Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, foi criado em 2002, está presente em nove estados da costa do Brasil, entre eles Rio de Janeiro, e tem como objetivo garantir a conservação dos ecossistemas marinhos e do mero, considerado a maior espécie de garoupa do Oceano Atlântico.

“Os meros passam boa parte da vida nos manguezais. A reprodução acontece em mar aberto, nas agregações reprodutivas. A fecundação é externa e se dá no momento em que a fêmea lança milhões de ovócitos na água ao mesmo tempo que diversos machos lançam seus espermatozóides. Os ovócitos se transformam em larvas que passam entre 35 e 80 dias limitados às corrente marinhas, até chegarem aos manguezais onde pequenos juvenis de meros vão passar os primeiros 6 a 8 anos de vida, retornando ao oceano somente sexualmente maduros, ou seja, já adultos, quando poderão medir mais de 2 metros de comprimento e pesar cerca de 250 quilos”, explica Luana Seixas, bióloga e supervisora de educação ambiental do Meros no Rio de Janeiro.

O mero, também conhecido como senhor das pedras, é um peixe marinho da família das garoupas que habita águas tropicais e subtropicais do oceano Atlântico.Vivem em média 40 anos e, assim como o tubarão, está no topo da cadeia alimentar marinha e é uma espécie muito importante para a manutenção do equilíbrio ambiental.

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Manguezal e meros em perigo

O plantio de mudas de mangue pelo projeto Meros busca apoiar na recuperação desse ecossistema tão importante para o peixe mero, tendo em vista que uma das principais ameaças à espécie é a supressão desses ambientes.

Segundo estudo do ICMBio, 25% da extensão de Manguezal no Brasil foi destruída desde o começo do século 20. A situação é particularmente séria nas regiões Nordeste e Sudeste, que apresentam um grande nível de fragmentação e onde estimativas recentes sugerem que cerca de 40% do que foi um dia uma extensão contínua de manguezais foi suprimido.

“Além dos manguezais serem fundamentais para o ciclo de vida dos meros, estudos recentes mostram o imenso poder de absorção de dióxido de carbono dos mangues, que podem chegar a armazenar quatro vezes mais carbono por metro quadrado na comparação com outros ecossistemas, incluindo o amazônico. Mesmo com toda degradação histórica e atual desse ecossistema, o Brasil é o país com uma das maiores áreas de manguezais do mundo”, explica Jonas Leite, coordenador do Meros no Rio de Janeiro.

Dessa forma, a ação acompanha o movimento global da Década da Restauração de Ecossistemas da ONU.

Crédito das imagens: Maíra Borgonha e Paulo Porfírio Querino

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